ÉTIMO DA MEMÓRIA
No étimo da memória
a reminiscência de sorrisos…
Declaro pobreza assumida na demência das mentes!
Traço traços, faço rabiscos, arrisco uns riscos paradoxos!
Finco os pés finos e fico
mirando o trote das árvores.
Visto-me de paisagem…
No alfobre,
nem botão nem flor seca…
Esqueci as cores da juventude
e a gravidez das estrelas…
As andorinhas engripadas não rumam para Sul!
Submirjo de beijos rubros de doçura
na cor travessa do sentimento!
Na agonia da ira do amor
quero a embriaguez de verdade!
Ordeno ao odor do crepúsculo coruscante, reluzente
a insânia insónia!
Estou tão perto de nada no dorso da calçada
presencio a canção das águas…
Afinal
só quero de volta a minha alma
e desenhar nostalgias desertas distraidamente excêntricas…
Edite Gil
2008.Abr.27
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1 comentário:
Sim, a memória que de tanto doer faz demente o sonho...
Um abraço forte.
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