ARS POETICA 2U releva do conceito de que a alquimia das palavras é parte essencial da vida, sendo esta considerada como arte total.
Por isso se revê no projecto ARS INTEGRATA e é parte integrante do mesmo, procurando estar em sintonia com todos os que partilham do nosso modo aberto de conceber e fruir a arte.
Por isso é também 2U (leia-se, "to you", i.e. a arte da poesia para si).
Colabore com poemas, críticas, etc.
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Somos fiéis ao lema "Trás outro amigo também".

Convidamo-lo ainda a visualizar e a ouvir (basta clicar com o rato sobre as imagens) alguns dos poemas com música e interpretação por elementos do Ars Integrata Ensemble (vídeos disponíveis no final desta página), assim como a visitar a página do mesmo em http://arsintegrataensemble.blogspot.com/


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POEMARIUM : recipientis poeticus

POEMARIUM : recipientis poeticus

sexta-feira, 16 de maio de 2008

ARS POETICA (42): Correio Poético (14): Metamorfoses do «mito do eterno retorno»


Ciclo de vida? Ou Morte?


Só o nascimento tem uma vinda
Só a morte tem uma ida
Tudo o resto vem e vai.

Uns têm um momento breve
como a flor
como o sorriso,

Outros parece que são sempre
como a pedra.

Mas mesmo a pedra se parte
se quebra
se desfaz em areia

E acaba por ir no sopro do vento
ou no rolar da água do mar.


Clotilde Moreira
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segunda-feira, 12 de maio de 2008

ARS POETICA (41): Fernando Grade, um poeta para quem...


Ao menos, hoje, o mundo não morreu

«Nihil esse tam sanctum, quod nom
aliquando violaret audácia
»
Cicero


A rosa em concha
sedoso bicho de águas ruivas
floresta velha de medos e marés
sal de muito viajar
pedra fechada por unhas ardidas
sangue seco batido pelo grato vento
da família:
flor guardada por facas brancas
palavras austeras sibilinas de trevo
(«o corpo nunca dança!»)
beco de carne minúsculo e
cheiroso de outras armas, cada vez mais cerrado
sobre a pele, hirto de tantos retratos
em cólera que jamais lambeu,

a rosa em concha de ervas
vai ser metralhada por uma audácia
violeta de pregos, sémen
e duas maçãs, violento modo
com crinas soltas e suor
de ser barco púrpura
que rói e fornica.

Ao menos, hoje, o mundo não morreu.


In: Philosophus per ignem : poemas / Fernando Grade. – S. João do Estoril : Edições Mic, 1996, p. 28

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quarta-feira, 7 de maio de 2008

Da Ciência e da Arte / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)

Acerca da essencial e discreta diferença / Júlia Lello (poema) & David Zink (música)

Canção de embalar / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)

Falas de amor / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)