ARS POETICA 2U releva do conceito de que a alquimia das palavras é parte essencial da vida, sendo esta considerada como arte total.
Por isso se revê no projecto ARS INTEGRATA e é parte integrante do mesmo, procurando estar em sintonia com todos os que partilham do nosso modo aberto de conceber e fruir a arte.
Por isso é também 2U (leia-se, "to you", i.e. a arte da poesia para si).
Colabore com poemas, críticas, etc.
E-mail: arspoetica2u@gmail.com
Somos fiéis ao lema "Trás outro amigo também".

Convidamo-lo ainda a visualizar e a ouvir (basta clicar com o rato sobre as imagens) alguns dos poemas com música e interpretação por elementos do Ars Integrata Ensemble (vídeos disponíveis no final desta página), assim como a visitar a página do mesmo em http://arsintegrataensemble.blogspot.com/


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POEMARIUM : recipientis poeticus

POEMARIUM : recipientis poeticus

quarta-feira, 29 de abril de 2009

ARS POETICA (63): Correio poético (22): Carlos Pedro em Poética Cru(z)a(da)

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Circus magnum (2009) / (re)designed by David Zink


CRUZADISMO

Palavras
de vento
no parlamento
são passatempo
do sinecurista
qual artista
malabarista
negregado
alanzoeiro
que bota
lei capilota
contra-algibeira
do pobre
que nele vota

Gordo de conques
o merdelheiro
já esqueceu
o que passou
no pardieiro
aonde viveu

CÁPÊ /2009
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sábado, 4 de abril de 2009

ARS POETICA (62): Correio poético (21): Um poema da cidade-tempo nos carris, por Clotilde Moreira


Clotilde Moreira reflecte sobre "o tempo, esse grande escultor" (Marguerite Yourcenar dixit) e presta homenagem ao "amarelo da Carris" esse meio de transporte que, apesar de nascido em Inglaterra, é monumento nacional português e património da humanidade


JÁ NÃO VIAJO PELA CIDADE...

Spacial tram (2009) / (re)designed by David Zink


Já não viajo pela cidade...

Os meus planos
têm agora a dimensão do dia,
o futuro já não tem tamanho para mim.

Mas tenho saudades
quando a pressa era Amarela.
Tlim, Tlim avança
Tlim, pára!

E aos solavancos
Corríamos por ruas e ruelas
Avançávamos pelas avenidas
E tudo ficava ao nosso alcance.

Tenho saudades dos bancos corridos
de madeira e palha;
Tenho saudades dos toldos de riscas
e do calor das viagens de verão
até ao Dafundo,
Tenho saudades dos miúdos pendurados
e do pica-bilhetes.

Tenho saudades do tempo
em que a pressa era Amarela.

Clotilde Moreira

E, a pretexto, evoca-se uma das canções populares portuguesas mais inspiradas «O amarelo da Carris» (música de José Luís Tinoco, sobre poema de José Carlos Ary dos Santos), na voz de Carlos do Carmo



(ver poema em http://natura.di.uminho.pt/~jj/musica/html/carlosdocarmo_02.html)
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Da Ciência e da Arte / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)

Acerca da essencial e discreta diferença / Júlia Lello (poema) & David Zink (música)

Canção de embalar / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)

Falas de amor / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)