ARS POETICA 2U releva do conceito de que a alquimia das palavras é parte essencial da vida, sendo esta considerada como arte total.
Por isso se revê no projecto ARS INTEGRATA e é parte integrante do mesmo, procurando estar em sintonia com todos os que partilham do nosso modo aberto de conceber e fruir a arte.
Por isso é também 2U (leia-se, "to you", i.e. a arte da poesia para si).
Colabore com poemas, críticas, etc.
E-mail: arspoetica2u@gmail.com
Somos fiéis ao lema "Trás outro amigo também".

Convidamo-lo ainda a visualizar e a ouvir (basta clicar com o rato sobre as imagens) alguns dos poemas com música e interpretação por elementos do Ars Integrata Ensemble (vídeos disponíveis no final desta página), assim como a visitar a página do mesmo em http://arsintegrataensemble.blogspot.com/


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POEMARIUM : recipientis poeticus

POEMARIUM : recipientis poeticus

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

ARS POETICA (20): Correio Poético (10): Por onde moram os anjos...


Dentro de mim...

Se eu te disser
Que mora um anjo dentro de mim.
Que se reveste de luz
Que minha vida conduz!

E que essa luz...
Apaga a inveja e maldição,
Espalha o amor
Dentro do meu coração!

Se eu te disser
Que dentro de mim
Existe uma chama
Tão quente
Que me dá ânimo
e muito alento!

Se eu te disser
Que esse anjo que vive em mim...
Faz parte do meu ser
Do princípio até ao fim!

Se eu te disser
Que dentro de mim
Existe um segredo...
Um elo ou corrente
Que me anima
Mesmo quando estou doente!

Ah! Se eu te disser
Tudo o que minha alma sente
Um anjo com asas
Sim! serei sempre
Leve como o vento!


Emília Lamy
2007/28/12

sábado, 23 de fevereiro de 2008

ARS POETICA (19 ): Correio Poético (9): In Memoriam


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Olhei-te
Não me viste
Chamei-te
Não me ouviste
Mas agarrei-te e fiquei contigo
Sempre até ao fim.

Muitas vezes em silêncio
Muitas mais os dois.

Percorremos caminhos
Alcançámos paz
Demos alegrias.
Pouco perdemos
Porque cada dia
estávamos simplesmente.

Agora partiste
E eu fiquei.
Mas não estou só:
Tenho por companhia
as nossas recordações.


Clotilde Moreira


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

ARS POETICA (18) : as palavras

Dentro de breves momentos, este poema será lançado ao mundo, na Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana, na sessão de Noites Com Poemas. Aqui fica, entretanto, em pleno trabalho de parto:

as palavras

são palavras que nos guardam
que resguardam o passado
nos caminhos que trilhamos

são palavras do presente
que se lavram ternamente
no futuro que fizermos

mas há palavras dementes
que ferem gritam trucidam
o dia mal resguardado

há gemidos nas palavras
lágrimas risos e as lavras
da sementeira do acaso

palavras não valem nada
mas são o gume da espada
e do berço o acalanto

eu às palavras pertenço
e subo ao rés do universo
se me perco ou se me venço

às palavras me abandono
que não sou dono de nada
para além de uma alvorada

trago as palavras comigo
levo-as ao porto de abrigo
nos caminhos que cruzamos

há palavras para os ais
para o sempre e nunca mais
elas sobram se as calamos.


- poema de Jorge Castro

domingo, 17 de fevereiro de 2008

ARS POETICA (17): Poemas mínimos (I): Nothing at all...


I - Nada mais que... (poema sem palavras)


David Zink / 17 Fev. 2008


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

ARS POETICA (16): Correio poético (8): Palavras-chave


As palavras



Falo de Amor,
falo de raiva
e sempre de Paz;


Falo da guerra,
mas também de Esperança,
de Alegria.


Falo da Primavera
e de flores;


Falo de tudo
Sempre com as mesmas palavras,
Apenas as alinho de maneiras diferentes.


Maria Clotilde Moreira - Algés


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

ARS POETICA (15) : Carnevalis Poeticus (2) : King Momus

CArneVAlis PoetiCUS : King Momus (2008) / David Zink
baseado numa fotografia da autoria de Jorge Castro (original in Sete Mares)



serás tu

ó máscara
dupla-face em que me faço

de façanhudo farsante

a riso alvar de palhaço?

e passo

saltimbanco

cabeçudo

pelo Terreiro do Paço

aos terreiros do Entrudo

que vale tudo

seja por bem ou por mal

tanta vez assim-assim

outras vezes Carnaval

sem fim


Jorge Castro
2008, Fev. 5
in http://sete-mares.blogspot.com/

sábado, 2 de fevereiro de 2008

ARS POETICA (14) : Carnevalis Poeticus (1)



MÁSCARA


Não tem uma forma fácil
de artesanalmente se confeccionar
de cartão, pano, gesso ou couro
o rosto deve sempre ocultar

Talvez no culto de Isis
ou honrando Dionísio, surgiu
na aura Grécia clássica
sua impar função cumpriu

Na Idade Média talvez
nas festas de doidos ou inocentes
naqueles folguedos medievais
mais ou menos decadentes

Nos primórdios do teatro
como simples caracterização
nas ancestrais culturas
da Grécia ou do Japão

Mas desde Ésquilo e Sófocles
e seus heróicos musicais
que a dita evoluiu
e saiu dos palcos teatrais

Na commedia dell'arte
com o célebre pantaleão
a bem distinta columbina
e arlequim, sábia improvisação

Num Carnaval bem temperado
com faz-de-conta e subtileza
o charme, a imaginação e o mistério
são seus convivas de mesa

Umas tocam o burlesco
sem tom de provocação
outras tocam o jocoso
são sátira e acusação

É sempre um desafio
à nossa imaginação
fazê-las com inteligência
e ostenta-las com paixão.

Edite Gil
2006.Fev.23

Da Ciência e da Arte / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)

Acerca da essencial e discreta diferença / Júlia Lello (poema) & David Zink (música)

Canção de embalar / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)

Falas de amor / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)