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POEMARIUM : recipientis poeticus

POEMARIUM : recipientis poeticus

domingo, 13 de março de 2011

ARS POETICA (83): "Que parva que eu sou", um poema-hino para uma "geração à rasca"


Deolinda's "what a fool I am" (2011) / David Zink


QUE PARVA QUE EU SOU


Um poema-hino para uma "geração à rasca" - a de nós todos, novos e velhos, que parece despertar de uma longa letargia.


Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!

Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, marido, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar,
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Pedro da Silva Martins / "Deolinda"

E a interpretação dos DEOLINDA...




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Da Ciência e da Arte / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)

Acerca da essencial e discreta diferença / Júlia Lello (poema) & David Zink (música)

Canção de embalar / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)

Falas de amor / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)