ARS POETICA 2U releva do conceito de que a alquimia das palavras é parte essencial da vida, sendo esta considerada como arte total.
Por isso se revê no projecto ARS INTEGRATA e é parte integrante do mesmo, procurando estar em sintonia com todos os que partilham do nosso modo aberto de conceber e fruir a arte.
Por isso é também 2U (leia-se, "to you", i.e. a arte da poesia para si).
Colabore com poemas, críticas, etc.
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POEMARIUM : recipientis poeticus

POEMARIUM : recipientis poeticus

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

ARS POETICA (7): Da paleta de cores (1) : o Verde na poesia de Rui Zink


A cor do verde


Diz-me, meu amor
Diz-me, por favor

Da esperança
o verde é a cor
Mas do verde
é qual a cor?

Diz-me, não te cales
Diz-me, mas não fales

Dos teus olhos
o verde é a cor
Mas do verde
é qual a cor?

Diz-me, não entendo
Diz, não tenhas medo

Da inveja
o verde é a cor
Mas do verde
é qual a cor?

Diz, se é segredo
A mim podes dizer

Do Sporting
o verde é a cor
Mas do verde
é qual a cor?

Não é segredo nenhum
Eu digo, sem medo algum

O verde – é da
cor do verde
Pois só o verde
é do verde a cor


Rui Zink, 2005

in: Flores mais parecidas / Albane Chotard Moreno [fotografias] ; textos de Gonçalo M. Tavares, Jacinto Lucas Pires, Pedro Mexia, Rui Zink. Tercena : Arte Mágica, 2005. ISBN 989-605-014-7

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

ARS POETICA (6) : Correio Poético (3)



PALAVRAS COM IMPORTÂNCIA


Ah! Se eu fosse pássaro
Voava alto, muito alto
E escrevia no azul do céu
A palavra LIBERDADE,

Ah! Se eu fosse peixe
Nadava no mar imenso e
E nas suas águas escrevia
a palavra VIDA,

Ah! Se eu fosse borboleta
Todas as primaveras
Escrevia a palavra ESPERANÇA,

Se fosse vento
Soprava em rajadas fortes
A palavra FELICIDADE,

Se fosse apenas uma criança
Com a minha bola colorida
Escrevia a palavra FUTURO,

Se tivesse os braços fortes de um homem
Esculpia no mundo a palavra AMOR

Sou mulher
E com todos vós
Todos os dias
Ajudo a construir a PAZ.

Clotilde Moreira
2007. Nov. 11

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

ARS POETICA (5) : dia na praia


Quem me tira o mar, há-de arrepender-se pois há coisas que eu não perdoo. Mas dias há em que sobrevém uma nostalgia por outras calmarias de gente, mesmo com tempestade no mar...

há um de foca na areia
aquele na areia defeca

passa de faca à boleia
o Mãos-Leves pela boneca

de fácil esta sereia
serena aquele meia-leca

a Licas chuta na veia
braço atado com cueca

o Tarzan na borda enleia
a velha ardida sueca

aquel’outra mãe-baleia
empina o rabo p’ra Meca

e dois gajos volta e meia
em pino dão uma queca

baba-se o cura à ideia
que há mais de um dia não peca

no restaurante há lampreia
mas prato forte é faneca

e caracóis p’rà colmeia
atascada na bejeca

outro a bola pontapeia
em ânsias de ser Zé Becker

a trampa no mar campeia
pensos - restos de muqueca

bandeira azul que está cheia
de chorinhos à rabeca

há prédio a mais que desfeia
há gente de seca-e-meca

às vezes sem maré-cheia
ao pisar uma alforreca
chega-me triste a ideia
de que ir à praia é uma seca!...

- Jorge Castro

Da Ciência e da Arte / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)

Acerca da essencial e discreta diferença / Júlia Lello (poema) & David Zink (música)

Canção de embalar / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)

Falas de amor / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)